Após um primeiro tempo um pouco lento (mas não tanto quanto em outros jogos), alguns torcedores começavam a reclamar do time. Mas após uma sacudida do René, o Dragão voltou arrasador e goleou o Morrinhos.
No primeiro tempo o time estava preso, sem muita criatividade, e sempre tentando jogadas pelo meio ou cruzamentos sem sucesso para o Marcão. O time até criou duas oportunidades, com Felipe e Anaílson, mas foram desperdiçadas com chutes sem direção. O Morrinhos também desperdiçou uma grande chance em um contra-ataque, com três jogadores contra dois defensores do Dragão, e o primeiro tempo acabou “oxo”.
No segundo tempo o dragão veio arrasador, e antes de completar o primeiro minuto de jogo Preto, após o Marcão trabalhar como pivô, marcou o primeiro gol e dedicou a filha, que nasceu semana passada.
Outro jogador que desequilibrou foi Anaílson, que além de ter iniciado a jogada do primeiro gol ao dar passe para o Marcão, deixou o artilheiro do Atlético na cara do gol para fazer o segundo. Mas o nome do jogo foi mesmo o Marcão, que também marcou o terceiro gol e colocou Felipe sozinho, na cara do gol, para fazer o quarto. O nosso artilheiro ainda botou uma bola na trave. O que me chama atenção, é que o Marcão, em suas entrevistas, tem mudado um pouco o discurso, mostrando mais confiança em si mesmo. Esse jogador tem tudo para ser um dos principais artilheiros do Brasil.
O quarteto Preto, Anaílson, Felipe e Marcão, enquanto esteve em campo, mostrou que tem chance de dar certo e começa, como diz René, a dar química. Após saídas de Preto e Anaílson, René colocou Diogo Campos e Keninha, mudando o esquema de jogo para 4;3;3, sendo que dois gols foram marcados com esse esquema com três atacantes. Entretanto, me chamou a atenção que pelo menos três vezes o time do morrinhos teve mais jogadores no ataque que o Dragão na defesa, mostrando que o Dragão ainda tem que acertar o posicionamento dos jogadores sem a bola para manter essa formação mais ofensiva. Destaco ainda o jogo do Paulo Henrique na defesa, sempre seguro e calmo, as jogadas do Víctor Ferraz no ataque, driblando e cruzando bem e o futebol apresentado pelo Keninha, que ainda não é o esperado, mas bem melhor que nas últimas partidas.
Por fim, após o jogo, durante a entrevista, René reclamou da falta do tempo técnico, ou parada, com objetivo de reidratação dos jogadores, principalmente em jogos nos dias de grande calor, como foi hoje e também reclamou do televisionamento do jogo, o que fez com que apenas pouco mais de mil torcedores comparecessem ao estádio. Segundo Daniel Santana, via Twitter, Valdivino Oliveira ameaçou romper o contrato com a Tv Anhanguera até o fim do campeonato. Concordo com Valdivino e René, e a transmissão dos jogos realizados em Goiânia somente enfraquece o futebol goiano, retirando o calor da torcida do campo. Poderíamos entrar em um acordo e transmitir os jogos do Dragão apenas quando forem disputados no interior, ajudando a torcida que não pode viajar para acompanhar o time.
FICHA TÉCNICA: ATLÉTICO 4 X 0 MORRINHOS
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia
Data: 27/02/2011Horário: 16 horas
Árbitro: Cléber Vaz
Assistentes: Alexandre Amaral e Guimarães Ribeiro
ATLÉTICO-GO: Márcio; Victor Ferraz (Zé Carlos), Gílson, Paulo Henrique e Thiago Feltri; Ramalho, Pituca, Preto (Diogo Campos) e Anaílson (Keninha); Felipe e Marcão.
Técnico: René Simões.
MORRINHOS: Lauro; Hugo Leonardo, Thiago Almeida, Valdemar, Marquinhos e Moisés; Rochinha, Thiaguinho e Diniz; Fábio Oliveira e Sidney.
Técnico: Toninho Aguilar.
Renda: R$ 15.510,00
Público Pagante: 1.058
Gols: Preto 19'' 2º T, Marcão 08' 2º T, Marcão 32' 2º T, Felipe 37' 2º T. (Atlético)
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