INVÍDIA

Hoje, estamos abrindo espaço para um excelente texto postado por Maurício Machado no Orkut do Dragão. Esperamos que Maurício nos dê o prazer de ser, em breve, mais um butequeiro oficial! Fiz vários convites, parece que ele se interessou, só falta efetivar a "contratação". Maurício é músico e tem um dom raro e peculiar de escrita, que nos remete aos textos poéticos de Armando Nogueira!!! Parabéns e Obrigado Maurício, por nos permitir publicar esse texto excelente!

Fiquem com Invídia,  por Maurício Machado:

Neste último fim de semana fomos agraciados com mais um show de piadas dantescas do inigualável e pitoresco dirigente mor do feudo Macambira. O mummhático Sr. Hailé Pinheiro. Todo Clã Moxé ficou vermelho, ou melhor, verde de tanta vergonha. Afinal, quem em sã consciência poderia fazer bisonha comparação? Senhor Hailé, o Dragão Campineiro está sobrevoando com certa tranquilidade a Pasárgada da Série A do Campeonato Brasileiro. Hora sapecando com uma incinerante cusparada um urubu flatulento que sobrevoa por perto, hora dando uma esporada certeira em uma galinha mineira que tenta protagonizar “A Fuga das Galinhas da Série B” e hora atravessando turbulentas nuvens de pó de arroz. O Goiás por sua vez, senhor Hailé, está nos vales fétidos de Mordor tentando livrar o próprio “anel” das garras da Terceirona. Hailé, entendeu? São Séries diferentes.

Hailé, existe um ditado que diz que nada está tão ruim que não possa piorar. Eu digo: Vai piorar. E de uma maneira que os seus revoltosos seguidores jamais poderão imaginar. É fácil entender. Quem sempre foi abastado fica desesperado quando fica miserável da noite para o dia, por outro lado, quem sempre foi pobre se acostuma com a bonança rapidamente. Ainda é mais doloroso quando quem ficou numa boa é aquele seu vizinho que você vivia caçoando. Parecia que ia ser uma situação momentânea, algo passageiro como as caveiras que pagam caro para serem mal transportadas e humilhadas em seus trens-fantasma. Parecia... Perecia. Quem vai perecer é o Goiás Esporte Clube, pois está devendo até a dentadura. Lembro-me até que vossa senhoria, com um sorriso amarelo, nos congratulou pelo regresso a Série A. Creio que oportuna fidalguia era apenas um meio de “mangar” o time da Caixa D’Água. Pois, reza a lenda que este vem tentando ascender a Série A desde o cretáceo.

Hailé, vendo e revendo suas anedotas nas gazetas televisivas dedicadas ao futebol eu senti uma ponta de inveja do Dragão. Não era uma ponta de palito de dente. Era uma ponta de iceberg. Creio que os demais Moxés compartilhem de sua inveja, mas eles não têm a sua cara de aroeira pra falar perante aos repórteres. Então pergunto: Hailé, o que é a inveja? Tomei a liberdade de pesquisar e retirei da Wikipédia os seguintes trechos, que por sinal são bem convenientes:

“Inveja ou invídia é um sentimento de aversão ao que o outro tem e a própria pessoa não tem. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materias como qualidades inerentes ao ser) e de tirar essa mesma coisa da pessoa, fazendo com que ela fique sem. É um sentimento gerado pelo egocentrismo e pela soberba de querer ser maior e melhor que todos, não podendo suportar que outrem seja melhor.”


“É comumente associada à cor verde, como na expressão "verde de inveja". A frase "monstro de olhos esverdeados" (green-eyed monster, em inglês) se refere a um indivíduo que é motivado pela inveja. A expressão é retirada de uma frase de Otelo de Shakespeare.”


“Napoleão Bonaparte costumava afirmar que "a inveja é um atestado de inferioridade.”


Hailé, estranha coincidência, não? Inveja. Verde.