sábado, 22 de outubro de 2011

Por um Dragão ainda mais forte! Por Cecília Barcelos!

Galera do Buteco, tivemos a incrível ideia de convidar personalidades, jornalistas e/ou cronistas esportivos para escrever sobre o Dragão, e nossa primeira convidada foi Cecília Barcelos, da rádio 730, que topou e nos enviou esse belo texto. Saboreiem esse magnífico prato de nosso cardápio!!

Por Cecília Barcelos




A campanha feita pelo Atlético Clube Goianiense no Campeonato Brasileiro de 2011 é quase irreparável. Principalmente no returno da competição. Com elenco qualificado, técnico experiente e futebol competitivo, o Dragão chamou para si a atenção da mídia nacional e, mais que isso, passou a ser membro respeitado no grupo de elite do esporte mais difundido no Brasil. O torcedor rubro-negro, com toda razão, está cada vez mais orgulhoso da ascensão protagonizada pelo clube nos últimos 5 anos. E já sonha com vôos mais altos.

Não é pra menos. De relegado regional a postulante maior força do futebol no Estado, o Atlético galga degrau por degrau e demonstra, na prática, que planejamento contribui para resultado. Em nível estadual, o Dragão desponta como nova grande força. É o atual Bicampeão Goiano e, pela campanha que faz nesta temporada, larga como favorito ao Tricampeonato em 2012. Mas este é assunto para outro comentário. Vou ater-me ao momento, espaço de tempo que realmente importa, quando o assunto é futebol.

O representante goiano na elite nacional começou o Brasileirão desacreditado e entre os mais cotados ao rebaixamento. Algo compreensível, considerando-se ser este o segundo ano na primeira divisão e, principalmente, pelo fato de ter lutado até a última rodada no ano passado para não cair. Hoje, porém, a visão que se tem do Atlético é outra. E os comentários por todos os lados também. A mudança de opinião foi motivada pelo crescente na campanha e, em especial, pelo comportamento do time contra os adversários considerados "grandes".

É exatamente diante destes que o Dragão demonstra melhor sua força e segue escrevendo sua história. Aqui, vale destacar alguns feitos. Foi o rubro-negro responsável por quebrar a invencibilidade do Flamengo, transcorridas 16 rodadas do Campeonato Brasileiro. Uma histórica goleada por 4x1, na casa do adversário. Também no Rio de Janeiro, sofreu uma virada, quase inacreditável, para o Fluminense, e acabou derrotado por 3x2. No Serra Dourada, já administrando melhor o mando de campo, conquistou empate heroico contra o Palmeiras, mesmo com dois jogadores a menos em campo. E, mais recentemente, atropelou dois candidatos ao título: Botafogo por 2x0 e São Paulo com um gol a mais.

Por falar em candidatos ao título, dos 6 primeiros colocados, o Atlético só não roubou pontos de Corinthians e Fluminense, adversários para os quais perdeu dentro e fora de casa. Contra o Vasco, empate fora e derrota no Serra Dourada. Diante do Botafogo, empatou no Engenhão e venceu em Goiânia. O Tricolor Paulista, além da recente goleada já citada, amargou um empate no Morumbi. No caso do Flamengo, falta o jogo de volta. Em números, de 33 pontos disputados contra os clubes que estão embolados na ponta de cima da tabela, o Dragão arrebatou 12.

A campanha no returno fez com que o clube goianiense afastasse de vez o fantasma do rebaixamento e passasse a mirar novos objetivos. Com 42 pontos, a décima colocação na classificação geral, ocupada atualmente, lhe garante participação na Copa Sulamericana ano que vem. Aparentemente, algo dado quase como certo. Mas a ainda pequena, porém empolgada, torcida rubro-negra sonha com objetivos mais ousados, como vaga na Libertadores. Matematicamente possível, porém, difícil de ser alcançado. Calcula-se que, para isso, sejam necessários 65 pontos. Considerando-se que há 24 em disputa, é preciso vencer os 8 jogos restantes. É claro que não custa acreditar.

Vale lembrar, também, que se o Atlético não tivesse descartado pontos importantíssimos contra os adversários que brigam na ponta de baixo da tabela para fugir do rebaixamento, talvez o torcedor pudesse acreditar até mesmo em título. Recapitulando, para comprovar isso, em 21 pontos disputados contra Cruzeiro, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí e América-MG, foram desperdiçados 10. Caso houvesse garantido os mesmos, somados à real pontuação que tem, estaria dividindo a terceira posição com o Botafogo. Mas, isso não deve ser lamentado. Ao contrário, pelo que fez neste Brasileirão, o Dragão precisa ser exaltado!

O refinado toque de bola rendeu ao time o honroso apelido de Barceloninha, aplicado, inicialmente, por ninguém menos que o global Galvão Bueno. Guardadas as devidas proporções, a comparação com o tradicional clube europeu é merecida. Particularmente, no entanto, defendo que o Atlético deve comemorar e agradecer. Mas, passada a euforia provocada por tal declaração, optar por valorizar e fortalecer sua própria marca. Trocando em miúdos: quem tem feito por onde para tudo isso não é o Barceloninha e, sim, o Atlético Clube Goianiense, atual representante de Goiás na primeira divisão do futebol brasileiro.

Diante do exposto, cabe cumprimentar jogadores, comissão técnica e dirigentes, além da modesta torcida, que da reais sinais de crescimento (consequência natural dos resultados apresentados pela agremiação). O Atlético tem representado muito bem o futebol goiano. Com adequado planejamento e encarando o esporte de maneira profissional, poderá fazer ainda mais. Por merecimento, o clube ocupa hoje lugar de destaque entre os 20 melhores do Brasil. Também fazendo por merecer, as conquistas, seja a curto, médio ou longo prazo, virão!

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