sábado, 26 de novembro de 2011

O bom filho a casa torna

Hoje temos mais um convidado! Daniel Santana, um jovem comentarista, surgiu recentemente e fez sucesso! Comenta na UCG TV, é um comentarista sério e, como os companheiros dizem, é um estudioso. Diz ser torcedor do Goiânia, mas dizemos a ele que aqui, no Buteco, sempre tem espaço pra mais um! Daniel nos presenteia com um texto a respeito do Robston! Aproveitem!

Perfil Twitter:
Daniel é Diretor de Produção e Programação da UCG TV, Advogado, Radialista, Cronista Esportivo. Comentarista do  na UCG TV.

Por Daniel Santana,




O bom filho a casa torna
*especial para os amigos do Buteco do Dragão



Caros amigos, me sinto honrado em poder contribuir, mesmo que de maneira pequena, com esse Blog que sempre prestigia não só o Atlético Clube Goianiense, mas de certa forma também o futebol da nossa terra, o futebol goiano.

Escolhi como tema dessa primeira coluna o principal assunto dessa semana de despedida do Atlético em sua segunda temporada da elite do futebol brasileiro, o filho pródigo, Robston.
Contratado pelo Atlético em 2006, o habilidoso volante Robston, candango de nascimento, é sem dúvida um dos principais jogadores da história recente do ACG. Amado por muito e odiado por outros tantos, a relação do meia com a torcida do Atlético sempre foi de extremos.

Ao mesmo tempo que dentro de campo se mostrava um guerreiro incansável, com habilidade rara e visão privilegiada de jogo, fora dele o jogador nunca conseguiu se firmar como ídolo do clube, e pior, nunca conquistou a confiança dos colegas de grupo e de seus comandantes.

Depois de uma rápida passagem frustrada pelo Botafogo o jogador retornou ao ACG para ser campeão goiano por duas vezes, da série C em 2008 e do acesso a série A em 2009. Em 2010 foi ao lado de Elias o diferencial do Atlético que garantiu o clube na série A de 2011 mesmo com tantas dificuldades.
Fora de campo o jogador sempre foi um problema para o grupo e principalmente para ele mesmo, nunca se sentiu satisfeito com o longo contrato firmado com o Atlético, sempre exigiu publicamente valorização salarial, pressionava o clube cada vez que aparecia uma proposta, mesmo sabendo que muitas delas não passavam de sondagens. Sempre teve personalidade forte, brigou com muitos treinadores, jogadores e dirigentes e infelizmente acabou se perdendo em maus hábitos que não condizem com a vida de um atleta profissional.

Depois de sumir do clube no começo desse ano, numa clara demonstração de que o casamento tão vitorioso havia acabado, me lembro de ligar para o celular de Adson Batista e questionar sobre as especulações da imprensa e os motivos de seu desaparecimento, contundente Adson me disse a seguinte frase: “Daniel, acabou, ele vai embora, aqui não fica mais, não vou expor o atleta publicamente, mas os motivos são esses mesmo que todos estão falando”. (referencia clara à vida extra-campo do atleta)

Robston acabou sendo emprestado para o Atlético Paranaense, as expectativas eram ótimas, clube forte financeiramente, que tem um titulo de campeão brasileiro, e o treinador era Geninho, amigo do atleta e conhecido do futebol goiano.

Infelizmente o atleta não contava com o imponderável do futebol, Geninho foi demitido, o jogador não se firmou como titular e o Furacão passou todo o campeonato na zona de rebaixamento, correndo sério risco de figurar entre os 20 clubes da série B no ano que vem. Robston, nem esperou a temporada acabar, foi rebaixado para a série B no meio do campeonato, emprestado ao Sport, pode terminar 2011 hoje contra o Vila Nova conseguindo um feito no mínimo muito interessante, cair para a série B e retornar para a série A na mesma temporada por dois times diferentes.

O que interessa ao torcedor, e o motivo principal dessa coluna é o seguinte pergunta: Robston voltará ao Atlético Clube Goianiense para a temporada de 2012?
A resposta é simples. Depende somente dele mesmo.
O ACG deseja que o jogador retorne, claro que a postura extra-campo tem que ser diferente. Robston é um patrimônio do clube, e Valdivino de Oliveira, economista acima da média, não é de jogar dinheiro fora. A importância técnica de Robston para o Atlético é incontestável.

A personalidade do atleta continua sendo o maior entrave na volta do mesmo. Essa semana em entrevista ao bom repórter Pedro Henrique Gomes, Robston declarou sua mágoa com a torcida do ACG: “Muitos torcedores ficaram magoados comigo e eu fiquei muito magoado com muitos torcedores, porque pelo que eu fiz pelo clube, o que eu represento pelo clube, a maneira que alguns torcedores me trataram foi muita falta de respeito”.

Ainda teremos que esperar o fim desse história, mas para o bem do atleta e também do Atlético Clube Goianiense, espero que as lições tenham sido aprendidas e que o torcedor do ACG volte a ver o jogador com a camisa rubro-negra, respeitando as cores, seus companheiros, a instituição e principalmente a si mesmo como atleta profissional de futebol.

2 comentários:

  1. olha, um dos torcedores magoados fui eu, do mesmo jeito que nós não demos o valor "merecido" por ele, o mesmo não fez por onde receber.
    Claro que eu quero que volte, mas que volte somente quando pedir desculpas publicamente ao ACG e sua torcida e mostrar, em seu comportamento, que merece o nosso respeito e uma nova bandeira, já que queimamos a outra.
    Respeito é a base de uma boa relação, se você respeitar, será respeitado.

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  2. Eu vejo essa questão como a história do marido ou namorado que surpreende a sua amada com outro. Quem seria capaz de perdoar em uma situação dessas? O Robston desfez do Atlético. Todos se lembram que ele se recusou a jogar um jogo da final contra o Goiás e disse que não queria vestir a camisa do DRAGÃO. Estava mais preocupado com a vida do vizinho do que com a sua própria, ao comparar o salário do Felipe com o seu. Não respeitou o contrato que assinou, porque ninguém o obrigou a assinar um contrato que depois se recusou a cumprir. Será que mudou? As pessoas podem mudar, mas mudar tanto assim eu não acredito.

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