Quem dera meu time fosse o Barcelona

Por Luciano Queiroz

Na última terça-feira reiniciou a melhor e mais disputada competição do mundo, a UEFA Champions League. Eu particularmente gosto e muito do futebol europeu e a Champions League é um prato cheio para amantes do futebol como eu. O primeiro jogo dessa volta da Champions foi Bayer Leverkusen X Barcelona.

Abasteci a geladeira de Heineken e me preparei para um grande jogo. O mais interessante de se assistir esse jogos da Europa é ver como os times de lá jogam e ficar pensando o quanto é diferente aqui no Brasil e América Latina como um todo.

O Barcelona ganhou, 3x1, não vou ficar analisando o jogo. Mas, durante o jogo percebi o quanto o Barcelona prioriza a posse de bola (como se ninguém tivesse percebido isso antes), e me lembrei da fala proferida pelo Galvão Bueno ano passado no decorrer do campeonato brasileiro.

“Em certos momentos o Atlético-GO do Hélio dos Anjos se inspira no Guardiola. O time prioriza a bola, começa a tocar de primeira. Você assiste um Barceloninha jogando de vez em quando. Preste atenção nisso! O Atlético-GO é o time que melhor toca bola e que mantém a posse de bola nesse Campeonato Brasileiro. Não são grandes jogadores, mas são muitíssimo bem dirigidos”.

Claro todos nós, torcedores ficamos orgulhosos do nosso time, mas como diz o titulo desse texto, quem dera meu time fosse o Barcelona, não no sentido literal e sim, jogasse como o Barcelona. Apesar de ficarmos a maior parte do jogo com a bola em nosso domínio, nosso time, em alguns momentos, é um time sem objetividade, diferente do Barça. O Barcelona fica com a bola o jogo todo, às vezes dá até sono, toca pra lá, toca pra cá, mas ai de repente, sai um passe maravilhoso deixando o atacante na cara do gol e GOOOLLL!!!

Na partida contra o Goiás foi assim, ficamos com a bola o jogo todo, tocávamos de um lado para o outro e no máximo tentávamos uns cruzamentos na área, quase sempre sem resultados efetivos. Contra o Vila foi a mesma coisa, a diferença foi que o Bida acertou o pé naquela falta, já na última partida, contra o Morrinhos o time melhorou, mas poderia ter sido melhor. Pelo domínio que exercemos na partida, tínhamos que ter feito o terceiro e o quarto gol com certa tranqüilidade.

O Atlético-GO faz certo, fica com a bola, controla o jogo. Mas, o que faz ganhar o jogo são os gols, precisamos ser mais criativos, mais ousados, tentar enfiadas de bola, dribles e consequentemente chegar aos gols, para felicidade da nação atleticana.